sexta-feira, 27 de março de 2009

primaveraFazendo



Porque a estação das flores já chegou, no próximo dia 4 de Abril, Sábado, realizar-se-á na Horta uma série de acontecimentos culturais no âmbito do evento Primavera Fazendo. Este evento cultural multidisciplinar, produzido pela recentemente criada Associação Cultural Fazendo e integrado nas actividades paralelas do III Festival de Teatro do Faial, terá, nesta primeira edição, a duração de um dia espalhando-se por três pontos diferentes da cidade da Horta.

Para abertura das festividades convidam-se os faialenses a optarem por fazer as suas compras no Mercado Municipal onde serão surpreendidos por uma instalação a cargo de Tomás Silva. Na parte da tarde espera-se jazz e sol no jardim da C.A.S.A. com o Zeca Trio. Neste espaço poder-se-á também contemplar a exposição do fotógrafo Mark Silva. À noite, e depois de um saltinho ao Teatro Faialense para a apresentação da peça “Quatro Contos de Café “ pelo grupo de teatro Carrocel, a instalação permanente da Fábrica da Baleia terá nova companhia pela mão de alguns artistas locais, nomeadamente Aurora Ribeiro (videoarte), Ken Donald e Pedro Solà. A animação musical noctívaga estará a cargo do projecto de música urbana Babdujah e do DJ lisboeta Mike Stellar, um veterano e ilustre desconhecido do grande público que já tocou ao lado de gente como Peter Kruder (Kruder & Dorfmeister), Rainer Truby, Nicola Conte, Quantic, Lee “Scratch” Perry ou Gilles Petterson.

Que se celebre a Primavera.


PROGRAMA

Sábado, 4 de Abril

Mercado Municipal
9h00.Tomás Silva.Instalação (ilhascook.no.sapo.pt)

C.A.S.A.
14h00.Mark Faria.Exposição de Fotografia
16h30.Zeca Trio.Concerto de Jazz (www.myspace.com/zecasousa)

Fábrica da Baleia
20h30.Ken Donald.Instalação
20h30.Pedro Solà.Instalação (www.art-tisse.com)
20h30.Aurora Ribeiro.Instalação Vídeo (ilhascook.no.sapo.pt)
23h00.BabudJah.Concerto de Música Urbana (www.myspace.com/babudjah)
24h00.Mike Stellar.DJ Set (www.myspace.com/mikestellar)


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sexta-feira, 20 de março de 2009

Edição nº13



Crónicazinha...

PEDIDO À CAMARA MUNICIPAL

Seguindo o repto da Câmara Municipal da Horta, desde há um ano que separo escrupulosamente todos os resíduos que produzo. Para um lado vão os vidros, para outro os resíduos de embalagens plásticas, para um terceiro grupo, o papel e o cartão, e para um final os chamados indiferenciados. Por aquilo que consegui observar no último ano, em termos de volume, cerca de um terço dos meus lixos vão para o aterro e os outros dois terços vão para a Central de Triagem. Em termos de peso, não é assim. Tirando o vidro, de facto, as embalagens são, por definição leves, portanto, em termos de peso, o resultado é o inverso. Talvez não seja relevante, mas é apenas para termos uma ideia. Porque o meu trabalho me permite saber isso, posso partilhar que este padrão se repete por todos os Açores. Um terço dos nossos resíduos são realmente indiferenciados.

Não gosto da palavra "indiferenciado". É um pouco estranho falar em "indiferenciados"... Dá ideia que somos incompetentes. Nada é indiferenciado. O que lá está pode ser distinguido facilmente, basta olhar para identificar os sub-componentes. É apenas uma forma confortável de dizer que isto já não dá para mais nada. Inverdade! Estava então eu aqui a pensar com os meus botões "o que é que vai para os indiferenciados?" ou "porque é que não posso aproveitar um pouco melhor ainda os chamados indiferenciados?" Para encontrar a resposta tive que fazer um trabalho sujo... Mergulhei no caixote do lixo e comecei a verificar o que é que lá estava dentro. Como dizem os americanos, "é um trabalho sujo, mas alguém tem que o fazer!". Por falar nisso, e já que estou a falar na Câmara Municipal da Horta, aqui vai o meu muito reconhecido e agradecido "muito obrigado" para os seus trabalhadores que recolhem o lixo e os que trabalham no Centro de Triagem e no Aterro Sanitário. Não é um trabalho fácil e, graças a vós, temos uma grande qualidade de vida!

Estava então eu a abrir o saco de plástico com os meus lixos e a fazer o respectivo inventário. Encontrei muitas fraldas de bebé... usadas... Bahhh, que nojo. Odeio aquele cheiro! Havia também areão de gato, tecidos velhos, um botão partido, pó e pelos de gato, resultado da limpeza da casa, e resíduos orgânicos. Primeira constatação: bela triagem! Este é um lar ecológico, não havia qualquer resíduo que pudesse ter aproveitamento pelas outras vias. Em termos do que está institucionalizado pela Câmara Municipal, estou a cumprir. No entanto, será que podia ir mais longe? Estamos numa ilha pequena e, portanto, não há grandes hipóteses de aproveitar energeticamente os pelos de gato, o pó, o botão partido e os velhos tecidos. Lamento, mas no Faial, essa parte terá mesmo de ir para o aterro. Já em relação às fraldas do bebé, sei que estão empresas a tentar entrar no mercado para assegurar o seu processamento. Tenho dúvidas que comecem pelo Faial, visto que o mercado é pequeno (temos poucos bebés...), mas logo que entrem nos Açores, por favor, cativem-nos para virem também ao Faial recolher fraldas usadas.

A outra componente é constituída pelos chamados "orgânicos". Para reduzir esta componente, ela terá que ter um destino útil. Sei que a Câmara Municipal tem compostores em alguns dos seus jardins públicos. Ou seja, há locais disponíveis na nossa cidade em que são colocados alguns dos resíduos orgânicos que são depois transformados em solo ou fertilizante. Excelente! Agora, aqui vai o meu pedido: "por favor, indiquem-me que resíduos posso colocar nos vossos compostores e onde é que eles estão colocados?" Por favor, digam-me. Já agora, digam também aos restantes faialenses que estejam (ou estão?) tão obcecados com a redução de "indiferenciados" como eu, talvez colocando um anúncio no jornal ou na rádio. Sei que coisas, como por exemplo restos de carne, não podem ir para os compostores, mas, curiosamente, os restos de café podem. Confirmam?

Qual é o meu objectivo pessoal? O meu objectivo é atingir as metas europeias. Quero ter apenas 13% dos meus resíduos classificados como indiferenciados e depositados em aterro. Até lá, vou integrar a BALA, um grupo de acção directa urbana cujo o acrónimo significa Brigadas Anti Lixo dos Açores.


Frederico Cardigos



Colaboradores:

Ilustração: Pedro Gaspar
Grafismo: Ken Donald
Crónica: Frederico Cardigos
Gatafunhos: Tomás Silva
Chegadas: Aurora Ribeiro
Teatro: Aurora Ribeiro e Teatro de Giz
Arquitectura e Artes Plásticas: Ana Correia e Tomás Silva
Literatura: Ilídia Quadrado e Fernando Menezes
Ciência: Maria Carreiro e Silva
Ambiente: Dina Dowling
Saúde: Inês Martins



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quinta-feira, 5 de março de 2009

Edição nº12




III Festival de Teatro do Faial

A Associação cultural Teatro de Giz (www.teatrodegiz.org) tem desenvolvido nos últimos 10 anos, um trabalho cultural profundo no seio da comunidade Faialense e Açoriana: os objectivos do grupo têm passado pela produção e apresentação de espectáculos de teatro e pela formação nesta mesma área, tendo as iniciativas propostas levado ao teatro milhares de espectadores e formado centenas de pessoas até à data. Neste âmbito e de acordo com o histórico referido, surgiu em 2008 o convite pela Câmara Municipal da Horta para que o Teatro de Giz organiza-se o III Festival de Teatro do Faial, convite que muito honrou o grupo e que foi prontamente aceite.
Na senda do que até aqui temos concretizado, estruturámos um festival de teatro que se espera digno, coerente e abrangente e que seja mostra dos diferentes tipos e formas que esta arte pode assumir. Tendo em conta que o envolvimento da sociedade é fundamental não só no resultado final (o espectáculo) mas também no processo de estruturação (saber vivê-lo e construí-lo), o grupo também integrou no festival vários módulos de formação/oficinas, nomeadamente para crianças, que serão materializados pelas próprias companhias que estarão presentes no evento.
O III Festival de Teatro do Faial tem o alto patrocínio da Câmara Municipal da Horta e alguns patrocínios paralelos, destacando-se o apoio da empresa municipal Hortaludus. Espera-se também a colaboração de várias entidades públicas e privadas (estando já confirmados o Semanário “Tribuna das Ilhas” e a Agenda Cultural Faialense “Fazendo”), necessária para que a iniciativa se concretize como esperado. É crucial que todos se sintam parte desta iniciativa e que contribuam, nas formas possíveis, para que o festival cresça, se torne sólido, ganhe projecção. Por isso mesmo, continuamos a aguardar confiantes pelo contacto de novos financiadores, colaboradores, apoiantes e todos aqueles que queiram cooperar, de forma a podermos tornar este festival maior e melhor…

RESUMO da AGENDA

O leque de propostas assenta na integração de 5 companhias no festival e mais algumas surpresas: no dia 12 de Março, quinta-feira, começamos com uma delas pela mão do realizador José Medeiros que irá apresentar na Horta a antestreia da sua última longa metragem – “Anthero, o Palácio da Ventura”; o Teatro ACERT de Tondela, propõe uma oficina/encontro para dia 13 de Março com o tema “Como integrar uma dinâmica cultural numa população de 15.000 habitantes” e apresenta o espectáculo “Chovem amores na rua do matador” no dia 14, às 21h30, no Teatro Faialense; o grupo TANXARINA da Galiza, irá propor a pais e filhos que se juntem à volta da construção de fantoches de vara no dia 19 de Março, pelas 17h30 e chamará todos os curiosos para dois espectáculos – “Os Narigudos” (fantoches de vara e luva), dia 20 de Março e “Sombreiros sem chapéu” (sombras chinesas), no dia 21 de Março, ambos ás 21h30; no dia 27 e 28 de Março é a vez do grupo de Teatro “Carrocel” da Horta, estrear o seu novo espectáculo intitulado “ Quatro contos de café” e no fim-de-semana seguinte, para além deste espectáculo voltar a estar em cena, aguarda-se uma noite diferente (dia 4 de Abril), integrada no festival pelo “Fazendo”, com exposições de pintura, escultura, fotografia, música e outros sobressaltos teatrais; no dia 10 de Abril é a vez da companhia/ estação teatral ESTE da Beira Interior fazer-nos uma visita, com uma oficina de “Técnica da Máscara” (esta para graúdos) que irá decorrer nos dias 10 e 11, de manhã e à tarde no Teatro Faialense, e, no mesmo dia 11, apresentará o espectáculo “Tulius Claunus” para jovens e adultos; o festival encerra com a companhia de Palmela “O BANDO” que irá partilhar experiências com todos os interessados, num almoço preparado pelo Teatro de Giz no dia 18 de Abril e que nesse mesmo dia, pelas 21h30, apresentará o espectáculo “Afonso Henriques” para crianças dos 8 aos 98.
Espera-se ainda poder completar o programa descrito com outras actividades, onde se inclui a vinda do grupo TRIMAGISTO e os seus contadores de histórias, o concerto que de teatro tem muito, “Cinefilias e outras incertezas” de José Medeiros, entre outros. Todas as acções serão anunciadas através de cartazes, panfletos, anúncios na rádio e televisão e outras formas que nos pareçam eficazes, por isso, aconselha-se vivamente que esteja atento para não perder pitada do que irá acontecer!

Miguel Machete



Colaboradores:

Ilustração: Ken Donald
Grafismo: Ken Donald
Crónica: Miguel Machete
Gatafunhos: Tomás Silva
Chegadas: Aurora Ribeiro
Teatro: Miguel Machete e Manuel Aguiar
Música: Daniel e Cristopher Pham
Artes Plásticas: Cristina Carvalhinho
Literatura: Ilídia Quadrado
Ciência: Helen Martins
Ambiente: Dina Dowling e Márcia Dutra Pinto


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