quarta-feira, 4 de abril de 2012

Edição nº73



Crónica
  
Encontros Filosóficos


O reconhecimento atual da profunda degradação do ambiente, à escala planetária, tornou premente não só a investigação científica e o conhecimento em matéria de sustentabilidade de recursos mas originou reflexões científicas, políticas, éticas e filosóficas, com a finalidade de promover o desenvolvimento de uma consciência ecológica, a nível global. A posse de um conhecimento aprofundado dos problemas ambientais que enfrentamos - o aquecimento global; as alterações climáticas; as alterações brutais dos ecossistemas; a destruição dos recursos dos oceanos - afigurou- -se como um fator determinante para a tomada de consciência individual, para a responsabilização coletiva e o surgimento de uma vontade generalizada de intervir no sentido de contrariar as causas dos desequilíbrios ambientais. Nesta linha, tornou-se evidente a necessidade de associar o conhecimento e a vontade em saber o quê, como e onde dar respostas e influenciar a ação dos decisores políticos e dos cidadãos Há quase duas décadas que a Escola Secundária, através do projeto Encontros Filosóficos, convida alunos, cidadãos, cientistas, filósofos, artistas, a refletirem em conjunto sobre problemas que afetam o homem, o seu tempo, e se colocam à existência de um ser situado num contexto insular, com preocupações em participar no plano intelectual, no debate de ideias e na promoção deste novo olhar. Em 2012, a ESMA estabeleceu parcerias com O IMAR, o DOP, o OMA, a DRAM, DRA, CMH, CCIH, a Escola Secundária Cardeal Costa Nunes, o Jornal “Fazendo”, entre outros parceiros, para refletir sobre a sustentabilidade dos oceanos, a preservação da vida e dos ecossistemas e sobre o futuro do planeta e do próprio homem. Enquanto atores e agentes de educação, temos consciência que só pela educação é possível edificar os pilares desta nova visão sobre o ambiente e a gestão sustentável dos recursos e contribuir para a mudança de hábitos, crenças ou de representações culturais. A nossa realidade insular – esta ínfima parte de terra no contexto planetário e cósmico - justifica, ela própria, o desenvolvimento de trabalho teórico e prático ( realizado através de workshops de Cinema, Fotografia, Educação Ambiental ) que enfatiza a relação do homem com os oceanos, o planeta Terra, os ecossitemas e a humanidade. Convictos que este desafio ao questionamento, ao debate e à partilha de saberes entre homens de ciência, artistas, empresários, profissionais de educação, alunos e cidadãos, será suficientemente pertinente para envolver ativamente a comunidade faialense, convidamos pais, encarregados de educação, investigadores, docentes e alunos a participarem.


Maria do Céu Brito

Colaboradores:
Capa:Fátima Madruga
Aline Zunino, José Nuno GP, Lídia Silva, Luís Henriques, Maria do Céu Brito, Miguel Valente, Pierluigi Bragaglia, Ulrike Alemoa

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