segunda-feira, 19 de julho de 2010

Edição nº 43



Crónica
Pelo Movimento da escrita


Iniciativas relacionadas com a escrita e com a leitura são sempre bem-vindas na nossa Região, como em qualquer outra parte do país e até do mundo.
Foi com essa linha de pensamento que a Associação Ilhas em Movimento (AIM) (www.ilhasemmovimento.blogspot.com) resolveu criar um concurso literário.
A ideia surgiu de uma conversa casual entre os membros da associação. Deste momento de palavras soltas nasceu o I Concurso Literário “Letras em Movimento”. O nome veio do Presidente da AIM, Ricardo Pacheco, que, tal como os outros membros, entende que esta arte deve ser um movimento frequente e desejado por todos os açorianos.
É verdade que já existem concursos dentro desta linha de trabalhos, mas quanto mais oportunidades, mais talentos. Assim sendo, a AIM criou este projecto para todos os açorianos, residentes nos Açores e açorianos que vivam fora da Região. A referida associação acredita que os talentos açorianos são uma mais-valia para o Arquipélago, o que a leva a despoletar actividades desta índole.
Além disso, é importante salientar que o concurso também está ligado à luta da AIM contra o analfabetismo e contra a iliteracia. O objectivo da AIM é levar as pessoas a escreverem mais, a lerem mais, a serem mais criativas.
A motivação dos concorrentes deve ser, além do gosto pela escrita, a possibilidade de editar o trabalho vencedor ou então receber um prémio monetário no valor de 500 euros.
Esta iniciativa tem como parceiro o EscreVIVER (n) os Açores, sendo o mentor do projecto, Pedro Chagas Freitas, e a coordenadora local do projecto, Patrícia Carreiro, júris do referido concurso. O terceiro membro do júri ainda está por confirmar, mas a organização tenciona que seja um escritor açoriano.
No regulamento do concurso pode se ler que a AIM tem como objectivo levar a escrita açoriana mais longe, fomentar e consolidar hábitos de escrita e de leitura, promover a criatividade e a imaginação e divulgar novos autores açorianos.

A associação estipulou um limite a nível de idades para os concorrentes, como habitualmente acontece nestes casos. Assim sendo, podem concorrer interessados com idades compreendidas entre os 18 e os 50 anos. O limite da idade foi aumentado, uma vez que muitas pessoas com idades fora do pedido mostraram interesse em participar no concurso. A AIM achou, então, por bem dar mais hipóteses a novos escritores que queiram projectar o seu trabalho e os Açores.
Os aspirantes a escritores podem concorrer, em português, com trabalhos em prosa ou poesia. É necessário referir que cada concorrente pode participar, apenas, com um trabalho, contendo, no máximo, 200 páginas A4.
Todas as informações adicionais, assim como solicitação de consulta do regulamento, podem ser pedidas através do email de Patrícia Carreiro (patriciacarreiro577@hotmail.com), membro da AIM e júri do concurso.
A morada de recepção dos trabalhos será na sede da AIM, sita à Rua António José de Almeida, 27 1º Direito, 9500 – 053, Ponta Delgada, em São Miguel.
A AIM aceita trabalhos até 30 de Outubro de 2010, para que a 30 de Dezembro do mesmo ano possam ser divulgados os resultados do concurso.
Os mesmos serão noticiados na comunicação social e no blogue da AIM (www.ilhasemmovimento.blogspot.com). Outro local na internet a albergar as novidades do concurso será o blogue de Patrícia Carreiro, o espaço Communicare (www.patriciacarreiro.blogspot.com).
Para obter os resultados, o júri terá em conta a criatividade e inovação, a qualidade literária, a organização, coerência e coesão do texto nos trabalhos apresentados.
O vencedor será informado por carta, de forma a entrar em contacto com a AIM para se tratar do prémio a ganhar.
É de realçar o facto de que apenas um trabalho sairá vencedor, sendo certo que se algum outro texto merecer, ser--lhe-á entregue uma menção honrosa.
Nunca é demais lembrar que apenas trabalhos inéditos e nunca antes publicados ou vencedores de algum prémio poderão concorrer.
A AIM conta com a maior adesão possível dos açorianos e residentes nos Açores e pensa que o projecto já é uma aposta ganha só pelo simbolismo da própria iniciativa.
O cenário exigido para a feitura dos trabalhos é o arquipélago dos Açores, em qualquer ilha, como forma de levar mais longe o nosso nome, as nossas tradições e costumes.
Para a AIM, é importante participar num projecto destes, pois a escrita e a criatividade aliada à mesma é algo importante e relevante nos dias que correm.
Note-se que a criatividade nunca é demais quando os talentos existem. É por isso que a AIM tenciona dar continuidade ao projecto Concurso Literário “Letras em Movimento”, que tem agora a sua primeira edição.
Os açorianos que preparem a caneta e o papel e deixem fluir a imaginação e a criatividade que moram nas suas mentes, muitas vezes, mesmo sem o saberem.
Note-se que a Associação Ilhas em Movimento celebra em Agosto próximo o seu segundo aniversário, tendo já realizado diversas actividades relacionadas com a sociedade e a solidariedade. Recolha de brinquedos no Natal, entrega de material escolar, concentrações contra o abuso sexual de crianças e pela luta pela paz são apenas algumas iniciativas realizadas pela AIM, que tem como mote colocar a sociedade em movimento.

Patrícia Carreiro - Associação Ilhas em Movimento

Colaboradores:
Capa: Jorge Fontes
Música:
Pedro Monteiro
Teatro e Cinema: Sérgio Paixão, Teatro de Giz
Arquitectura e Artes Plásticas: Pedro Monteiro
Ciência e Ambiente: Alexandra Simas, Maria Magalhães

Gatafunhos: Tomás Silva e Aurora Ribeiro

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Edição nº 42


Crónica
Concurso: Uma ideia para a Horta


De onde vimos? Onde estamos? Para onde vamos? São interrogações intemporais para nos posicionarmos sobre a evolução de um qualquer assunto. Hoje proponho o assunto da Reabilitação Urbana. De facto é muito recente a consciencialização quanto à evolução das cidades e do seu ambiente urbano e o que determinadas medidas e/ou necessidades da população vieram a causar, nomeadamente: desertificação dos centros históricos no que toca à sua importantíssima vertente habitacional, degradação do edificado, obsolescência das infra-estruturas, espaços verdes e de utilização colectiva, etc. Conscientes de que a cidade da Horta não foge a esta tendência, que se revela aliás a nível internacional, surgiu a proposta de promover a Reabilitação Urbana da cidade da Horta. Como? Numa primeira fase propusemos lançar um desafio aos cidadãos sob a forma de um concurso de ideias. Quem melhor do que nós, cidadãos que habitamos e fruímos a cidade da Horta no dia-a-dia para se pronunciar sobre a identificação de situações que carecem de intervenção e fazer propostas para a sua melhoria?
Com a publicação do Regime Jurídico da Reabilitação Urbana(1) a 23 de Outubro de 2009, um mês depois da aprovação em Assembleia Municipal da Área de Reabilitação Urbana da cidade da Horta(2), foi possível verificar que a preocupação do Município, nomeadamente da entidade empresarial Urbhorta em promover a Reabilitação Urbana estava bem encaminhada.
Surgiu a necessidade de estudar este novo Regime Jurídico, nomeadamente quanto ao enquadramento normativo da reabilitação urbana ao nível programático, procedimental e
de execução. Procurou-se reservar o ano de 2010 para promover medidas de informação, formação e sensibilização quanto à Reabilitação Urbana. Neste sentido, organizou-se uma acção de formação sobre este Regime Jurídico que decorreu durante o mês de Março com a duração de 14 horas, contando com a presença da Dr.ª Fernanda Paula Oliveira (3) e também o concurso de ideias, sobre o qual me proponho debruçar.
Tendo em conta que um concurso de ideias permitia associar num mesmo procedimento duas vertentes essenciais à promoção da Reabilitação Urbana, que se entendeu ser um belíssimo instrumento, nomeadamente por permitir:

- Acesso à informação sobre conceitos, dotação de ferramentas essenciais à participação e sensibilização para esta problemática;
- Promoção da cidadania participativa, associando uma acção que visa “auscultar” a percepção dos principais intervenientes actuais e futuros(4) da cidade mas também o levantamento de elementos que devem ser tidos em conta na formulação da Estratégia para a Reabilitação Urbana da Horta.
Concurso: Uma Ideia para a Horta
Apoio: Direcção Regional de Cultura

A promoção deste concurso contou com uma primeira apresentação em conferência de imprensa na Câmara Municipal da Horta a 25 de Março, que deu origem a uma série de notícias na imprensa local, à distribuição de cartazes promocionais e seguindo-se uma série de contactos junto da Escola Secundária Manuel de Arriaga e Escola Profissional da Horta para se agendarem apresentações junto dos alunos.
O prazo limite para a apresentação de propostas expirou no passado dia 18 de Junho, tendo-se verificado que, apesar do interesse inicial dos alunos e considerando que o prazo final coincidiu com a época de exames e de apresentação das provas de aptidão pedagógica e profissional não houve lugar à apresentação de propostas ao nível desta categoria. Quanto à categoria geral, houve oito inscrições, acabando por serem formalizadas cinco. Aos participantes, aqui fica um bem-haja pelo exercício de cidadania! Quanto ao que poderia ser aportado pelos estudantes, não fica perdido, uma vez que o Conselho de Administração deliberou voltar a lançar um concurso, agora destinado exclusivamente a esta categoria numa fase mais desafogada no percurso lectivo, nomeadamente em Setembro, com a sugestão de se incluir esta participação no concurso de ideias no currículo de uma, ou mais, disciplinas.
À data em que o leitor se encontre a ler esta crónica já serão conhecidas as propostas vencedoras ou estará para muito breve, sendo que a entrega de prémios está prevista para o dia 4 Julho, dia em que se celebra a cidade da Horta. E que melhor celebração da cidade do que participar na sua construção?
(1) Decreto-Lei nº 307/2009 de 23 de Outubro,
(2) ARU da Horta aprovada, com parecer favorável do IHRU, em Assembleia Municipal a 4 de Setembro de 2009 no âmbito do Regime Extraordinário de Apoio à Reabilitação Urbana, definido na Lei nº 64-A/2008 de 31 de Dezembro (Lei de Orçamento de Estado para 2009)
(3)Docente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e autora de
uma vasta obra sobre direito do urbanismo,
(4) Lançámos o concurso a dois públicos, nomeadamente: aos cidadãos em geral e aos que se encontram em formação nas escolas, ao nível do ensino secundário.

Para apresentar sugestões sobre a Reabilitação Urbana da
Horta, escreva para: gabtec@urbhorta.pt

Rita Campos - UrbHorta

Colaboradores:
Capa: Tereza Arriaga
Cinema e Teatro:
Rui Santos
Arquitectura e Artes Plásticas: Dörte Gradíssimo, Fernando Nunes, José Francisco Pereira
Literatura: Maria Eduarda Rosa
Ciência e Ambiente: Pedro Monteiro, PNF

Gatafunhos: Tomás Silva


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