Crónica
O Instituto Açoriano de Cultura
Desde a sua génese que o Instituto Açoriano de Cultura se ocupa e preocupa com a consolidação da sociedade açoriana, através da divulgação e do debate de temas ligados à contemporaneidade, no âmbito de um projecto cultural integrado e numa perspectiva de fortalecimento da massa crítica necessária ao desenvolvimento, a partir da “polis”, do nosso futuro colectivo.
Um dos vectores de acção que sempre nos acompanhou, tem sido a organização de seminários, colóquios e debates que, desde as primeiras “Semanas de Estudos”, têm permitido a abordagem consistente e fundamentada de matérias fulcrais e importantes para o entendimento da actualidade.
Outra das áreas de intervenção do IAC vem sendo a divulgação de artistas plásticos e respectivas obras, fazendo deslocar aos Açores exposições da maioria dos mais conceituados artistas nacionais, as quais foram apresentadas por todos o arquipélago açoriano, bem como o estudo e divulgação de obras de artistas açorianos, tais como o Arquitecto João Correia Rebelo, o Pintor José Nuno da Câmara Pereira, entre outros, para divulgação dentro e fora da Região.
No campo editorial, e na qualidade de maior editor regional, o IAC vem, ao longo das suas mais de cinco décadas de existência, mantendo uma actividade regular, destacando-se a Revista Atlântida, os livros do Inventário Imóvel dos Açores e muitas outras obras que estão maioritariamente disponíveis para o público interessado, em diversas livrarias ou através da nossa biblioteca virtual, que se encontra inserida no nosso site (www.iac-azores.org). Essas edições são distribuídas gratuitamente aos nossos associados activos.
Um dos projectos emblemáticos realizado por este Instituto foi a inventariação do património arquitectónico açoriano, desencadeado por um contrato firmado com o Governo Regional do Açores. Este foi desenvolvido nos últimos 13 anos, durante os quais se percorreram todas as ruas, de todas as freguesias dos 19 concelhos açorianos, identificando--se e inventariando-se todas as construções que, à luz de critérios técnicos e científicos, são consideradas exemplares e a proteger.
Outro dos nossos projectos-bandeira foi a produção e edição da primeira História dos Açores que, contando com a direcção científica de Artur Teodoro de Matos, Avelino de Freitas de Meneses e José Guilherme Reis Leite, foi concretizada com a elaboração de textos da autoria de três dezenas de especialistas em cada um dos períodos e áreas tratados. Esta obra, apresentada em dois volumes, retrata historicamente o arquipélago açoriano desde o seu povoamento até ao final do segundo milénio.
Tem sido ainda uma constante da nossa actividade a divulgação de temáticas e intervenientes tão díspares como a performance, a música contemporânea, as instalações… tornando difícil a definição exaustiva de uma instituição que nega e rejeita a si própria qualquer noção de confinamento físico, geográfico, ideológico ou temático. Estamos conscientes que a sobrevivência de estruturas como a nossa depende prioritariamente da importância que a sociedade envolvente lhe atribui. Sendo que, essa necessidade passará obrigatoriamente pelo serviço prestado e pelo contributo social concretizado.
Com esse objectivo e, como instituição de natureza associativa considerada de utilidade pública e sem fins lucrativos, que conta com um número de associados que ultrapassou no passado ano de 2010 a barreira do milhar, propomo- -nos a dar continuidade a esse projecto sempre actual de, através da cultura, reivindicarmos um papel activo e produtivo a nível regional, nacional e (porque não?) global.
Paulo Raimundo - IAC
Colaboradores:
Capa: "A Nebulosa Planetária da Hélice" de NASA, ESA, C.R. O’Dell, M. Meixner e P. McCullough
Ciência: Pedro Afonso
Arquitectura e Artes Plásticas: Ana Correia, Margarida Melo Fernandes
Música e Literatura: Victor Rui Dores
Cinema e Gatafunhos: Tomás Melo
Clicando no quadro seguinte poderá folhear, ler ou fazer download do jornal para o seu computador:
3 comentários:
Gosto de ser surpreendido (positivamente) mesmo por aqueles de quem gosto muito. Nesse sentido, como forma do Fazendo surpreender os seus leitores, sugiro que inclua uma secção sobre desporto, privilegiando a sua prática em detrimento da sua observação. Poderia ser tratado um desporto de cada vez. Talvez a entrevista fosse a forma mais interessante de tratar o assunto. Poderiam ser entrevistados os diversos actores: praticantes, treinadores e dirigentes.
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